Los ritmos del puerto: culturas negras, danzas atlánticas y ciudadanía en Rio de Janeiro (1889-1913)

Contenido principal del artículo

Leonardo Affonso de Miranda Pereira

Resumen

Al largo de la segunda mitad del siglo XIX, la región portuaria de Rio de Janeiro se convirtió en uno de los espacios de vivienda privilegiados para los trabajadores de bajos ingresos de la ciudad. En un país marcado hasta 1888 por la esclavitud africana, esto significó que la región pasaría a caracterizarse por una gran concentración de trabajadores afrodescendientes, con sus propias prácticas culturales. Como resultado, en los primeros años del siglo XX, la zona portuaria fue descrita por la prensa como un espacio marginal de la ciudad, una área decadente y degradada, que quedaría al margen del esfuerzo de modernización urbana que marcó Rio de Janeiro en los primeros años del siglo XX –en un tipo de imagen reforzada por la historiografía sobre el mundo urbano de la ciudad, que a menudo ha tratado las prácticas culturales de estos sujetos como simples supervivencias o resistencias que se opondrían al proyecto de modernización urbana que se afirmaba–. En sentido inverso, este artículo pretende seguir las experiencias de los propios habitantes de la región, para mostrar cómo han sido sujetos activos de un proceso de modernización cultural de Rio de Janeiro del que se los suele considerar excluidos. Atentos a las nuevas modas del Atlántico, dieron forma a danzas modernas de fuerte base negra que, con el tiempo, transformarían la propia identidad nacional –en un proceso que tuvo su matriz principal en la zona portuaria de la ciudad–.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
Pereira, L. A. de M. (2024). Los ritmos del puerto: culturas negras, danzas atlánticas y ciudadanía en Rio de Janeiro (1889-1913). Anuario Del Instituto De Historia Argentina, 24(2), e213. https://doi.org/10.24215/2314257Xe213
Sección
Dosier: Comunidades Portuarias Iberoamericanas: redes locales y tramas globales en su (re) configuración entre los siglos XIX y XX

Citas

Arantes, E. (2009). Negros do Porto: trabalho, cultura e repressão policial no Rio de Janeiro, 1900-1910. En E. Azevedo, et all, Trabalhadores na cidade: cotidiano e cultura no Rio de Janeiro e em São Paulo, séculos XIX e XX. Campinas: Editora da UNICAMP.

Arantes, E. (2015). A estiva se diverte: organizações recreativas dos trabalhadores do porto carioca nas primeiras décadas do século XX. Tempo, 21(37), 22-41.

Cruz, M. C. V. (2000). Tradições negras na formação de um sindicato: Sociedade de Resistência dos trabalhadores em Trapiche e Café. Rio de Janeiro, 1905-1930. Afro-Ásia, 24.

De Carvalho, J. M. (2003). Os três povos da República. Revista USP. São Paulo, 59, 96-115.

Fonseca, T. M. da (2019). A região portuaria do Rio de Janeiro no século XIX. Aspectos demográficos e sociais. Almanack, 21.

Honorato, C. (2016). Os afrodescendentes e a comunidade portuária do Rio de Janeiro do final do século XIX ao início do XX. Revista Crítica Histórica, 7(13).

Leu, L. (2020). Defiant Geographies: race and urban space in 1920s Rio de Janeiro. Estados Unidos: University of Pittsburgh Press.

Low, S. (2016). Spatialisingculture: the ethnography of space and place. Nueva York: Routledge.

Moraes, R. (2023). As festas da Abolição no Rio de Janeiro (1888-1908). Rio de Janeiro: FGV Editora.

Moura, R. (1995). Tia Ciata e a Pequena África No Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Departamento Municipal de Cultura.

Neves, M. de S. (2003). Uma capital em trompe l’oeil. O Rio de Janeiro,cidade-capital da República Velha. En A. M. Magalgi, et all., Educação no Brasil. História, cultura e política. Bragança Paulista: EDUSF.

O´Donnell, J. (2008). De olho na rua. A cidade de João do Rio, Rio de Janeiro: Zahar.

Pereira, L. (2020). A cidade que dança: clubes e bailes negros no Rio de Janeiro (1881-1933). Campinas: Editora da UNICAMP.

Pereira, L. (2000). Footballmania: uma história social do futebol no Rio de Janeiro (1902-1938). Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

Rocha, A. M. (2000). As nações Kêtu: Origens, ritos e crenças. Os candomblés antigos do Rio de Janeiro. Río de Janeiro: Mauad.

Rocha, O. P. (1995). A era das demolições. Cidade do Rio de janeiro, 1870-1920. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura.

Rodman, M. (1992). Empowering Place: Multilocality and Multivocality. American Anthropologist, 94(3), 640-656.

Rodrigues, J. (2005). De costa a costa. escravos, marinheiros e intermediários do tráfico negreiro de Angola ao Rio de Janeiro (1780-1860). São Paulo: Companhia das Letras.

Schwarcz, L. M. (1993). O espetáculo das raças. Cientistas, instituições e questão racial no Brasil, 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras.

Soihet, R. (1998). Subversão pelo riso: estudos sobre o carnaval carioca da belle époque ao tempo de Vargas. Rio de Janeiro: Ed. FGV.

Valença, S. S. (2000). Polca, lundu, polca-lundu, choro, maxixe. Em Lopes, A. H. (Org.), Entre Europa e África. A invenção do carioca. Rio de Janeiro: Topbooks/ Fundação Casa de Rui Barbosa.

Valladares, L. do P. (2005). A invenção da favela. Do mito de origem à favela.com. Rio de Janeiro: Ed. FGV.